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sábado, 13 de dezembro de 2014

Qual o segredo das pessoas genuinamente felizes?


Se tem uma espécie de ser humano que me intriga e é objeto de constante observação e análise são as pessoas eternamente felizes. É uma felicidade tão plena e contínua que chega a incomodar as pessoas a sua volta, parece que nada os abalam.

Como sou casada com uma pessoa com esta característica, imaginem o tempo de arquibancada que tenho. Alguns ficarão intrigados, para não dizer chateados com o que direi, mas os “sempre felizes” são egoístas, sim meus amigos, estão chocados? Pois então, são egoístas. E o porquê desta conclusão assim de bate-pronto? Pelo simples fato de que na vida o objetivo imediato que os mesmos têm é satisfazerem as suas necessidades, estarem bem consigo mesmos, primeiro eles, depois os demais.

Outra coisa, como são cheios de compromissos, estão sempre rodeados de amigos, de pessoas a sua volta, não tem um minuto sequer de sossego para pensar, nem no banho, pois no banho eles cantam e alto, desta forma nunca ou quase nunca estão em contato com seus sentimentos mais íntimos, seguem a vida no sentido mais pleno da famosa frase: "deixa a vida me levar, vida leva eu." O importante é viverem e muitas vezes a quantidade é bem melhor que a qualidade. Se possuem dez festas em uma semana irão nas dez, não farão uma triagem, não analisarão a que seria melhor, não, nada disso, o importante é o constante movimento.

Claro que, como tudo na vida, este estilo “baladeiro profissional” tem prós e contras, todavia depois de muito observar concluí que tem mais prós e é infinitamente mais benéfico viver desta forma.

Segundo o livro “Os 100 Segredos das Pessoas Felizes” de David Niven estas pessoas possuem algumas características em comum, ei-las:

Use uma estratégia para alcançar a felicidade;
Usufrua as coisas comuns;
Seja uma pessoa positiva;
Abra-se para novas ideias;
Concentre-se naquilo que é realmente importante para você;
Não confunda bens materiais com sucesso;
Cultive as amizades;
Lembre-se de onde você veio;
Faça as coisas nas quais você se sente competente;
A sua vida tem um propósito e um sentido.

E como diz Bob Marley na célebre canção, Don't worry be happy:

Durante toda a vida nós temos algumas dificuldades
Quando você se preocupa, você a faz dobrar
Não se preocupe, seja feliz
Não se preocupe, seja feliz agora
Não se preocupe, seja feliz
Não se preocupe, seja feliz
Não se preocupe, seja feliz
Não se preocupe, seja feliz
Ainda que não tenha um lugar para por sua cabeça
Porque alguém veio e levou sua cama
Não se preocupe, seja feliz...

Posto isto, o importante é viver, ser feliz e marcar sua presença neste mundo, be happy, I was here!


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Mudar dói, mas em sua maioria vale muito a pena!



Mudar é quase sempre muito difícil, causa medo, ansiedade, resistência, espanto. Mudança duradoura de comportamento então, quase um milagre. Todavia, por que mudar é tão difícil?

Normalmente mudanças radicais de vida acontecem depois de catástrofes, doenças graves, grandes decepções, etc., e é preciso desejo grande, pois quase toda mudança gera desconforto, dor, palpitações. Quanto mais o tempo passa, pelo menos esta seria a ordem natural das coisas, mais fáceis e aceitáveis as mudanças se tornam.

Observadora da vida que sou, a começar por mim, posso afirmar que mudar é um grande desafio. Observe as pessoas a sua volta, todos os dias fazem o mesmo caminho para o trabalho, dormem no mesmo lado da cama, almoçam no mesmo restaurante, preferencialmente com os mesmos amigos e na mesma mesa. Se diz que não gosta de um alimento não come de forma alguma, nem mesmo experimenta para verificar se tem uma nova opinião, segundo uma nutricionista que conheço, só podemos dizer que não gostamos de determinado alimento se experimentá-lo, no mínimo, de doze formas diferentes.

Eu, por exemplo, não sou afeita ao gênero comédia para filmes, posso contar nos dedos as vezes que paro para ver uma comédia, ou seja, devo estar perdendo excelentes momentos e boas risadas.

O que não nos falta são “cases” de sucesso, por vezes nos cansa, e muito, estes inúmeros conselhos e exemplos, porque só você sabe a dor e a delícia de ser o que é.

E se tem uma frase que morro de preguiça é esta: “Deus não dá um fardo maior do que podemos suportar.” Muitas vezes não suportamos, contudo não existe outra saída a não ser seguir em frente, como sempre digo, chora e anda, pois se chorar parado criará um buraco em volta de si, uma erosão e quando parar de chorar terá dois trabalhos, um é sair do buraco e outro é tentar recuperar o tempo perdido, pelo menos se chora e anda, quando parar de chorar estará em algum lugar.

Segundo Beth Joseph no livro Equilíbrio Psíquico e Mudança Psíquica, mudar é complexo pelo medo do desconhecido e mudar significa ousar, ir por um caminho novo, diferente e isso muito nos atemoriza, pois por pior que esteja a situação atual, ela é conhecida. Sabemos, mesmo que minimamente, em que terreno e onde pisamos, como as coisas se comportam e esses “saberes” muito nos conforta, contudo, também nos mata aos poucos, e este é o perigo do comodismo.

Mudar tem um risco, um grande risco, dado que não sabemos como as coisas ficarão, o que pode ser assustador, logo, permanecer pode ser mortal.

E posso dizer com larga experiência, sempre que precisei mudar, por mais que o medo tenha sido meu maior companheiro de jornada, foi para melhor.

Sigamos em frente, porque o cão não ladra por valentia e sim por medo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Hoje eu acordei triste, tristinha...


Hoje eu acordei triste, como diz a música do talentosíssimo Zeca Baleiro, “eu tava triste, tristinho, mais sem graça que a top-model magrela na passarela, eu tava só, sozinho, mais solitário que um paulistano...”

Confesso que levantar foi um sacrifício, sinceramente, este ano, foi um ano intenso, com muitas novidades, algumas muito boas, para não dizer, excelentes e outras ruins. E todos os dias que fico assim, cabisbaixa, sou tomada por um remorso, uma vergonha; penso, tenho saúde, casa limpinha, cama gostosa, família constituída e sólida, bom emprego e como posso estar assim?

Continuando com as reflexões, antes mesmo de levantar, lembro das milhares de pessoas a minha volta com problemas gravíssimos, e, mesmo sabendo disso, da realidade nua e crua do mundo a minha volta, a semente da tristeza, continua lá. Mas, por que este sentimento vira e mexe aparece no meu coração? Sinceramente, não sei e não gosto, para mim estas tristezas do nada têm gosto de ingratidão. Enfim, hoje não teve jeito, tive preguiça de levantar e fazer o que faço todos os dias, tomar banho e me arrumar para o trabalho, por exemplo, e quando estou assim, borocoxô, é fácil de notar, não me enfeito, nada de brinco, anel, colares, pulseiras, maquiagem, simplesmente visto a primeira roupa que vejo e saio de casa arrastada.

Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação – os tristes são indesejados, e normalmente as pessoas não toleram tristeza, “nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra,” já dizia Martha Medeiros.
 
A verdade é que acordei triste hoje e mesmo assim está tudo bem. "Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente.”

“Francamente, tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.”

(os trechos em aspas são de autoria de Martha Medeiros)