Real Time Web Analytics

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Leveza de alma e espírito!

Sempre me preocupei em viver direito, segundo as regras impostas pela sociedade referente ao que é certo e errado.

A cobrança e a punição constantes, assim como o arrependimento foram minhas companheiras durante uma vida toda.

Todavia, deixo claro, não gosto de obedecer, como eu odeio obedecer, é feio falar odeio, mais eu ODEIO cumprir regras, mas as cumpro e as faço conforme ditam para facilitar para mim, para ter menos encheção de saco, mas, se pudesse, ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse, só faria o que me desse na cabeça, pois eu mesma sou meu fiel da balança, não preciso de balizadores me lembrado o que devo ou não fazer. Eu mesma anoto na alma, no corpo e no coração as minhas infrações e darei conta delas à DEUS.

O pior de tudo era o efeito "rebordosa", putz grila, ninguém merece, no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte, no ano seguinte, durante toda uma vida, pelo que disse, pelas atitudes que tomei, pela forma que agi.

Quase toda segunda-feira eu começava um novo ano, falava à partir de hoje será diferente. Uma luta renhida.

A sinceridade, falar o que me vinha à mente sempre foi minha parceira mais fiel, e como eu sofri por causa disso, como chorei, como me arrependi, falava comigo mesma, burra, que dia aprenderás, que dia ficarás calada, o peixe morre é pela boca e José do Egito foi alvo de inveja, fofoca e foi vendido pelos próprios irmãos de sangue por falar demais.

De tanto apanhar, apanhar muito, aprendi, hoje falo o que me é conveniente, guardo as minhas coisas para mim. Ou pelo menos tento.

Não sei porque, tenho vontade de fazer novamente, tudo eu tenho vontade de fazer pelo menos duas vezes, viver de novo o que já vivi para fazer diferente, fazer melhor, se pudesse, voltaria ao pré-primário, para estudar mais, me esforçar mais, viver mais e cobrar menos de mim mesma, sem sombra de dúvidas, isso não é possível. E o que é isso meu povo? Cobrança e mais cobrança.

Agora, estou aqui, macaca velha, calejada, não sei se caso ou compro uma bicicleta, se vivo do meu jeito ou "deixo a vida me levar".

Desaprendi um monte de coisas e quero fazer valer, recomeçar, ser mais leve, mais viva, mais feliz, cada dia mais feliz. Estou passando por uma fase que estou com urgência de ser feliz, uma urgência desgovernada, desenfreada, cansei de sofrer, cansei de me fazer de vítima da vida.

Tomei as rédeas de vez dessa entidade chamada vida e agora quem manda sou eu, ou pelo menos tenho tentado.

Morro de inveja das pessoas leves, pessoas com leveza de alma e de espírito sempre foram uma incógnita para mim, pensava, como elas conseguem, mas como diz Cecília Meireles:

"Leve é o pássaro...
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve."

Bom final-de-semana à todos!


Nenhum comentário: