Este
final-de-semana estava conversando com minha irmã caçula, temos uma diferença
de nove anos, ela com 28 e eu com 37 anos. Ressalvada algumas proporções, somos muito parecidas, só que ela é muito mais leve, descolada e de bem com a vida do que
eu.
Esta diferença
de idade só pesa quando o que se esta em voga é o modus operandi de viver e como viver. Ela está na fase que se a
vida dá-lhe uma rasteira ela levanta e sai andando, cambaleando, sangrando e eu
estou numa fase da vida que estou “fingindo de égua.” A famosa árvore, se a
vida vem e me dá uma rasteira, e se eu caio, tenho demorado para levantar,
tenho aproveitado este momento no chão para descansar um pouco, tentar dormir,
ver a vida por outro ângulo, é como se eu estivesse em um ringue e o árbitro da
partida começasse a contagem regressiva: 10, 9, 8, 7... e eu só tenho levantado no 1, e
muitas vezes nem tenho levantando, literalmente finjo de morta, daí encerra-se
esta luta e eu vou embora.
Sinceramente,
estou com uma preguiça de lutar, a palavra é esta, preguiça, qualquer coisa
para mim esta mais interessante do que "pegar o boi da vida pelo chifre."
Tenho
aplicado em minha vida neste momento o que disse Bob Marley: "difícil não é
lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu
desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter
mais condições de sofrer."
De
algumas coisas, metas, objetivos, sonhos, simplesmente desisti, sem remorso,
sem tristeza, momentaneamente não penso mais sobre o assunto.
Então,
como tenho vivido, se o que sempre me motivou foram os sonhos, metas,
objetivos? Simplesmente tenho deixado à vida me levar para onde ela quiser, por
enquanto o meu barco está à deriva, estou deixando
que tudo se resolva ao acaso, sem que eu tome qualquer iniciativa, sem que eu
me esforce para mudar algo, sem reação, enfim!
"O jeito é: ou nos
conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para
realizar todas as nossas loucuras... Quem não compreende um olhar tampouco
compreenderá uma longa explicação." Mário Quintana
5 comentários:
Érika Bahia, quando decidi estudar me dei prazo até os 32 anos, se conseguir estarei feliz da vida, se não, também estarei... E todos os meu planos são sonhos que tento realizar, porque a vida é feita de sonhos, que nos dá ânimo para levantar todos os dias... muitas vezes já os perdi, já os reencontrei e até mesmo já os troquei, no entanto, nunca deixando de tê-los para nunca perder o ânimo de levantar. Confesso que nesses 28 anos, o ânimo já me faltou algumas vezes e não quis levantar, 'mas aí' retomo minhas forças e começo tudo de novo, e de novo, e de novo... Será assim, até eu cansar ou VENCER!! Mônica Bahia
Essa não é a Érika que conheço, mas também não desconheço. Todos nós temos o direito de dar um tom mais leve em nossas vidas em determinados momentos! Principalmente depois de ter conseguido um equilíbrio emocional e econômico! Talvez a luta seja muito grande para pouca recompensa. É isso aí! Bjo. Kátia Pessoa
Amiga, tenho que aprender a ser "preguiçosa". Estou, por mais que não pareça, permanentemente, em briga comigo mesma. Vou procurar seguir a sua filosofia.
Amiga,
É muito difícil termos coragem de lutar pelos nossos sonhos e desejos, mas também é muito nobre saber a hora de parar. Até nisso, vemos o tamanho da sua força e do seu coração.
Bjos,
Michele
Querida você sempre foi uma pessoa que pegou "o boi da vida pelo chifre" , portanto curta a sua fase preguiça, que faz parte da vida também. Mas pelo que te conheço, não vai durar muito tempo. Bjos Claudia Vasseur
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