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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Quem sou eu?




Este blog surgiu por insistência de alguns amigos queridos, quando digo alguns não pensem que são muitos, foram uns três ou quatro, e nem foi tanta insistência assim, falaram umas duas ou três vezes comigo à respeito, como estava à toa na vida, resolvi criá-lo e o mesmo completou ontem 03 semanas de existência. Para mim virou uma terapia, venho aqui, escrevo e falo do que quero e como quero e nem sei se as pessoas leem de fato, ou se entram e veem as figuras somente, como não sou boba, coloco imagens para ilustrar, chamar atenção.

Esta postagem, quem me conhece não precisar ler, pois já sabem minha história de vida de trás para frente, entretanto como ela ainda não foi registrada para a posteridade, vou escrevê-la.

Sou a primogênita de uma família de 04 filhas, nasci dia 09/07/1976, quinta-feira, salvo engano, as 14h00, em Aimorés/MG. Meus pais, Solange e Toninho, à época jovens demais, minha mãe com 22 anos e meu pai com 25. Ambos já falecidos, infelizmente.

Morei até os três anos em uma fazenda nas redondezas de Aimorés, não me recordo nada deste período. Em setembro/79 meu pai sai de ônibus com minha mãe, minha irmã e eu de Minas Gerais e vai parar em uma cidade chamada Brasil Novo no estado do Pará. Não me perguntem como ele ficou sabendo da existência deste lugar, que não tenho a menor ideia. Também não me recordo nada da viagem e muito menos do início de vida no lugarejo, as primeiras lembranças que tenho se dão à partir dos meus 05 anos quando entro na pré-escola.

Posso estar redondamente enganada, mas Brasil Novo era um povoado, como ainda é, devia ter umas mil pessoas quando fomos para lá, não sei especificar a população, se alguém souber, me diga, por gentileza, não tinha luz elétrica e nem saneamento básico.

Lá meus pais tiveram mais duas filhas, então minha família resumia-se em 06 pessoas. Minha mãe era faxineira/merendeira da escola e meu pai lavrador. Tive uma infância pobre, com muitas dificuldades e limitações, porém feliz. Eu era feliz. Como diz a banda Pato Fu, "vai diminuindo a cidade, vai aumentando a simpatia, quanto menor a casinha, mais sincero o bom-dia." Quando se está só e longe dos parentes, os amigos mais próximos tornam-se a sua família, foi o que aconteceu.

Fui uma criança curiosa, falante, responsável, estudiosa e trabalhadora. Mas também era, respondona, arteira, brigona, levada, terrível para falar a verdade, uma peste. Não gostava de ouvir não como resposta e queria ser livre, independente, dona do meu nariz, fazer o que bem entendesse e tinha resposta para tudo e todos.

No Pará vivi dos 03 aos 14 anos e meio. Depois mudei para Itabira/MG, fui morar com meus avós maternos, vivi com eles durante 07 anos, já contei aqui, foi onde fiz o Magistério, na EEMZA, e depois fiz Pedagogia em João Monlevade, era uma faculdade particular e muito simples, tinha aula somente 03 vezes por semana, estudava quarta e sexta à noite e sábado pela manhã. Ia e voltava no ônibus da prefeitura para Itabira.

Como não sou linda, nem magra, nem alta, não tenho o QI elevado, nenhum tipo de talento artístico, nem talento para os esportes, nada, nenhuma habilidade que me fizesse sobressair, pois sou comum, comum, comum, entendi desde cedo que tinha que estudar, era o que me restava, para mim o importante era estudar, ter diplomas, independente de quê e de onde, por isso fazia o que dava e como dava.

Foi em Itabira também que arrumei meu primeiro emprego com carteira assinada aos 16 anos, fui ser estagiária/ajudante em uma escolinha particular que tinha do maternal ao terceiro período, eu amava o emprego que a minha professora me arrumou, assim como amava as crianças, que hoje devem ser todos adultos com seus vinte e poucos anos.

Depois em Itabira ainda trabalhei em duas escolas de informáticas, uma sei que ainda existe, a outra não tenho notícias. Por um mês somente prestei serviço na Prefeitura da cidade. Nesta primeira escola fui um misto de recepcionista, telefonista, faxineira, "boy", uma faz-tudo e foi lá também, em 1994 que comecei a aprender informática, como ficava muito tempo sem fazer nada e só, não havia redes sociais, internet, nada do que tem hoje para me distrair, eu estudava, pegava os livros/apostilas de Windows, Word e Excel ficando tentando aprender, e foi assim que comecei a minha carreira de instrutora, aprendi sozinha, fiz uns cursos por lá mesmo, depois dei aula para duas pessoas, estas duas pessoas gostaram, falaram bem de mim, fui dando mais aulas, aqui e ali, e de repente sou convidada para trabalhar em outra escola.

Quando terminei a faculdade em João Monlevade, com 21 anos, mudei para Belo Horizonte/MG e aqui fui trabalhar como instrutora de informática, arrumei os empregos batendo de porta em porta. Procurava no catálogo de endereços da cidade e levava o meu currículo. Em uma semana consegui 05 empregos, mas não era carteira assinada, se trabalhasse ganhava, o famoso "freelancer". Por isso como não sabia se na próxima semana eu teria aulas para ministrar, tudo que aparecia eu pegava, trabalhava de segunda a sábado, de manhã, à tarde e à noite. Não tinha tempo ruim e nem podia ter, pois tinha que me sustentar, pagar o aluguel, o condomínio, etc..

Três semanas depois que cheguei em BH conheci o meu marido, ele foi meu aluno, amor à primeira vista, falarei mais dele futuramente.

No início em BH morei uma semana na casa de uma tia de uma amiga minha de Itabira, de favor, depois aluguei um quarto por três meses na casa de uma senhora que a minha prima conhecia, quando saí desta casa dividi apto por mais de dois anos com uma mulher que nunca tinha visto até então e tinha o dobro da minha idade. As coisas foram acontecendo, depois morei mais de dois anos sozinha e logo em seguida, casei.

Dei aula de informática durante dois anos em BH, fiquei 05 meses desempregada, mas como sempre procurei emprego, arrumei este que tenho hoje, por sorte, fui para uma cobrir uma licença maternidade de três meses e estou lá há 14 anos.

Sempre fiz cursos, lia muito, procurava aprender de tudo um pouco. Sou uma pessoa interessada e disponível. Não tenho preguiça, trabalho mesmo e duro se preciso for.

Aqui em BH fiz uma pós-graduação em Gestão de Pessoas, faculdade de Direito, iniciei uma pós em Direito Processual, fiz um semestre somente e tranquei e agora estou no segundo semestre da pós em Direito do Trabalho.

Sou casada ha 12 anos e ainda não tenho filhos por opção, o mesmo deve ser encomendado este ano.

Esta sou eu, como diz Clarice Lispector, "sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar."

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