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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Aniversário de casamento


Há exatos 12 anos me casei no civil com meu marido Aluísio, vugo Delícia, o meu Delícia. Fomos, somente nós dois, com a roupinha do corpo, coisa simples "fio", sem padrinho, sem ninguém, sem eira e nem beira, parecendo dois jacús da roça no Cartório da Rua Guarani, lá tava lotado, uma muvuca danada.

Não temos foto, nem nada deste momento, só as lembranças que guardamos no coração.

Casamos pela manhã e dali mesmo nos despedimos, cada um foi viver a sua vida e fazer suas coisas, pois era plena quarta-feira útil e sábado era nosso casamento no religioso.

Não tive arrumação nenhuma, completamente desprovida de vaidade, levantei e fui, de ônibus mesmo, nos encontramos lá na porta, e como não tínhamos levado padrinhos, pegamos o casal de trás na fila para ser os nossos.

Bom, o tempo passou, muita água embaixo da ponte também e aqui estamos, comemorando bodas de seda, e parece que foi ontem, mas ao mesmo tempo, tem uma eternidade, pois nos casamos no século passado.

Ah, a vida, como diz Joseph Klimber, "a vida é uma caixinha de surpresas".

Nunca na minha vida, imaginei que fosse casar, queria ser uma executiva de sucesso, aparecer em jornais e revistas, na televisão, ser famosa pelo meu trabalho, estes devaneios.

Demorei para dar o primeiro beijo, somente aos 17 anos e depois de muita luta, tinha um complexo de feiura, inferioridade, que só DEUS. Namorado mesmo somente 02 e uns peguetes aqui e ali, mas nada sério.

Quando conheci Aluísio foi amor à primeira vista, eu amei a alma dele de cara, eu queria ser ele, o que faltava em mim sobrava nele, mas ao mesmo tempo, ele não se encaixava na minha forma e eu muito menos na dele.

Depois deste tempo todo, ainda não encaixo na forma dele e nem ele na minha, mas o mundo evoluiu, o tempo passou e as formas hoje são de silicone e se amoldam ao conteúdo, portanto, estamos e somos felizes, pois queremos e gostamos de estar juntos, gostamos das mesmas bobagens e queremos cada dia mais a felicidade e o sucesso um do outro.

O segredo é este, pelo menos deu certo conosco, querer estar junto, não competir, gostar de ver o outro feliz, deixá-lo livre para viver e voar, afinal de contas, somos um e ao mesmo tempo dois, e na maioria das vezes três, este terceiro ser é a junção de nós dois.

Antes de nos casarmos Aluísio já tinha vivido 31 anos e eu 25 e meio, portanto, tínhamos vidas e histórias para contar, já tínhamos um passado, gostamos e nos orgulhamos dele.

Problemas, temos e muitos, mas temos mais vitórias e histórias de superação e sucesso para contar. Que venham mais 50 anos!

Viva!

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