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sábado, 8 de março de 2014

Mulher, sexo frágil?


Brevíssima síntese do porquê  este dia é considerado o Dia Internacional da Mulher. No dia 08 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, a manifestação foi reprimida com total violência. As mesmas foram trancadas dentro da fábrica, e esta foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que este dia  passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", mas somente em 1975, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Por onde começar a falar sobre o que é ser mulher, bem, sendo bem redundante, vou começar do começo. Nasci em uma casa com 05 mulheres, minha mãe, minhas três irmãs e eu, fui criada no meio da floresta amazônica, por aí vocês podem imaginar o tipo de criação que eu tive no final da década de 70, início da década de 80, no interior do Pará. É triste e vergonhoso dizer, mas eu ouvia em minha infância este tipo de frase "segure suas cabras que meu bode está solto". Sou de uma época que a mãe dizia para as filhas que homem podia tudo e mulher não. Não vá a este lugar, nem passe nesta rua, pois "moça de família", não frequenta este tipo de local. E eu, sempre muito p'ra frente e questionadora, pensava cá com meus botões, se é assim, melhor é ser homem então, já que eles podem tudo e eu nada, quero é ser menino. E passei um bom tempo de minha infância e adolescência querendo ser um menino, pelo simples fato de poder ser livre, o sentido de liberdade aqui expressado é este: "a responsabilidade pelas nossas escolhas é o preço da liberdade". Eu queria, desde quando "eu era criança pequena em Barbacena" ter direito de escolha e responder pelos meus atos.

Lá em casa, todas nós somos livres, as ditas "donas do nosso nariz", trabalhadoras e independentes financeiramente. Quando conheci o meu marido, fui muito clara com ele, disse que o respeitava sim como meu marido, mas que o que eu pensava tinha e tem peso, que ele não estava casando com a mãe dele e muito mesmo com uma empregada doméstica. Ou seja, o que é dito, esclarecido e acertado, não sai caro.

Todavia, ser mulher é uma batalha árdua, pois somente adquirimos mais e mais responsabilidades no decorrer dos anos e os homens foram perdendo as suas, a vida deles, em minha modesta opinião, ficou muito mais leve com nosso grito de liberdade. Hoje, além de ser mulher, esposa, mãe, também somos, dona-de-casa, profissionais, contribuímos com o sustento do lar, ou seja, viramos um polvo, literalmente, não deixamos a peteca cair.

Por mais que Aluísio seja meu parceiro, meu companheiro, ele não toma iniciativas domésticas, a título de esclarecimento, se a casa está suja, ele não é diligente para limpá-la, eu é que pego o "boi pelo chifre" e ele diz, "quer que eu ajude em alguma coisa?", meu amigo, precisa perguntar não, tome cá uma vassoura, um pano, rodo, sabão e água e comece a limpar, como dizia minha mãe, sabão e água só não lavam a língua. 

Sei que estou sendo rasa aqui em minhas considerações, mas para ratificar o que quero dizer quando penso no que é ser mulher, me vem à mente a belíssima música de Eramos Carlos, Mulher (Sexo frágil), o trecho que mais me identifico é este: dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas... Mulher! Mulher! Na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um 10, sou forte, mas não chego aos seus pés...

Assim como os homens tem muito a aprender conosco, nós também temos muito que aprender com eles, para início de conversa temos que aprender a ser leves, meu marido, independente do que esteja acontecendo ao redor, ele chega em casa, deita e dorme, nunca o vi, em 16 anos de relacionamento, perder o sono por nada, é um ser humano ameno, o famoso "cuca-fresca", vai em todas as frentes sociais que é convidado, em sua vida o que vem em primeiro é o lazer, depois o dever, é responsável, muitíssimo trabalhador, mas é o famoso "bon vivant".

Por isso tudo exposto, digo, sem medo de ser feliz, se existir outra vida depois desta quero vir homem, de preferência rico, leve, cuca-fresca e "bon vivant".

Feliz Dia Internacional da Mulher minhas queridas amigas e leitoras! Cada vez mais sucesso, felicidade e sorte!

2 comentários:

Anônimo disse...

Sensacional, Érika!
Aline Mesquita

Anônimo disse...

realmente seu trabalho é muito brilhante em conteúdo e competência! minhas sinceras congratulações, minha amiga mineira (sou de Sampa!), mas isso não que dizer nada! achei extraordinária sua eloquência e excelente didática ao escrever suas lindas mensagens e elucubrações! parabéns, de verdade! daqui pra frente você ganhou mais um seguidor e acima de tudo um amigo! beijos e muito sucesso e reconhecimento!