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sexta-feira, 30 de maio de 2014

"Andar com fé eu vou que a fé não costuma faiá"


Sempre fui muito questionadora, brinco que quando tiver um filho, este quesito não quero que herde de mim, quase enlouquecia meus pais. As respostas, "é assim e pronto", "quem manda sou eu", nunca me satisfizeram. Gosto de detalhes, minúcias, entrelinhas, preto no branco, e aprendi a duras penas que a vida não é assim. 

Meus amigos, acho que já temos liberdade para nos tratarmos de amigos, então, meus nobres amigos, a vida, pois é, a vida é uma caixinha de surpresas, parece enxurrada, algumas vezes sai contornado os obstáculos, seguindo seu percurso de mansinho, quase sem percebermos, já outras vezes, sai atropelando tudo e todos causando estragos por onde passa.

Creio que isso posso dizer que aprendi, por mais que a vida passe de mansinho ou fazendo estrago, não questiono, não cabe a  mim contestar, sei que o que virá a frente é a bonança. Certa disso, tenho seguido a vida em paz, uma paz que transcende todo entendimento, visto que quando as coisas não acontecem do jeito que eu quero, é porque acontecerá melhor do que eu penso.

Assim sendo, sabem o que tenho pedido à vida, que se ela quiser chegar, que chegue, mas que venha de mansinho, porque ando um tanto quanto machucada, e por falar nisso, me veio a mente e ao coração o conceito de milagre de Fernanda Gaona, para ela, "milagre é quando tudo conspira contra, mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos. É quando o incerto nos abraça depois de nos atingir cruelmente com sua fúria. É quando respirar vira quase um suspiro de alívio e a vida devolve o sorriso como forma de retribuição por todo sofrimento. É o instante teimoso que resiste bravamente a um duro percurso e mantém-se em pé amparado pela força divina. É a decisão que escapa de nossas mãos, mas que antes de cair agarra-se com toda a força a uma segunda chance. Milagre é o improvável gesto de carinho que impulsiona o ser humano a não deixar de acreditar."




sexta-feira, 23 de maio de 2014

Faça do limão uma limonada!



“Eu sou otimista e foi o otimismo que me fez ficar vivo. Se eu não tivesse otimismo num certo momento, eu teria dançado. Eu consegui ver que eu mereço ser feliz, porque eu achava que não merecia. Eu era muito culpado, por isso fiquei mal, não conseguia ser feliz. Era muito feliz para o lado de fora, o ‘exagerado’ da rua, mas comigo mesmo não". Cazuza

Considero-me otimista, procuro sempre olhar o lado bom dos acontecimentos, extrair sempre uma lição, no entanto, nem sempre foi assim, outrora qualquer coisa me tirava do sério, acabava com o meu dia, era um stress sem medida. Esta semana consegui reverter duas situações com toda a classe e elegância que a vida merece e eu também.

Segunda-feira cedinho preparei meu café-da-manhã, coloquei na bandeja e vim para a sala de TV, coloquei a mesma sobre o sofá e peguei os controles remotos, quando fui sentar confortavelmente no sofá, adivinha, sentei na beirada da bandeja e com isto a xícara cheia de café-com-leite quente derramou toda sobre mim, sobre o sofá e tapete. Levantei calmamente, lavei tudo, limpei, e de minha boca não saiu um resmungo, um pio sequer, não iniciaria minha semana com esta energia ruim a minha volta. Atualmente quando este tipo de situação ocorre, penso que foi livramento, agradeço e sigo em frente, pois a boca fala do que está cheio o coração.

Hoje, sexta, fui tirar o carro da garagem e uma pilastra "brotou" no meio do meu caminho, arranhei minimamente a lataria e foi arrancado um pedaço do plástico relativamente grande que enfeitava a porta, não sei o nome do objeto. Pensam que me abati? Nem por um segundo, desci, peguei o plástico, coloquei no carro, passei na casa de dois amigos para dar carona e fui direto para o trabalho, em nenhum momento sequer do meu dia, deixei isso me preocupar.

Liguei na concessionária e agendei o atendimento para avaliação no sábado, o conserto semana que vem, pois serviço de lanternagem somente é realizado em dias úteis.

Tinha uma reunião agendada as 15 horas, a mesma foi cancelada, e com isso eu saí mais cedo da empresa, dia lindo, música no rádio, vento no rosto, estava feliz e saltitante, cantando e aproveitando a doce sensação de ser livre. Diariamente, quando saio do trabalho, já é noite. 

Passei na concessionária, sem hora marcada, fui extremamente bem atendida pela consultora no exato momento em que cheguei, não a conhecia, e para minha grata surpresa, fui apresentada a um ser humano maravilhoso. Em 40 minutos estava tudo resolvido. Neste ínterim, assisti ao jogo masculino de vôlei que estava passando na SportTV, Brasil X Itália.

Para quem está curioso, o concerto ficou extremamente barato, paguei em dinheiro para vocês terem ideia do valor, logo após, dirigi-me até o lavajato, fui prontamente atendida, não precisei ficar em fila de espera. Lavaram o carro, pretinho nos pneus, e neste exato momento o mesmo está todo lindo e cheiroso como se nada estivesse acontecido na garagem. Por causa disso tudo, as 17h30 de uma bela sexta-feira estava dentro de casa, sem trânsito e sem stress. Ou seja, o que poderia ter estragado a minha semana fez com que eu vivesse novas experiências e sensações.

Dale Carnegie em um de seus textos disse: “lembre-se sempre, a coisa mais importante da vida não é capitalizar sobre os nossos ganhos. Qualquer um pode fazer isso. O que é realmente importante é tirar proveito das nossas perdas. Isso requer inteligência e constitui a diferença entre um homem sensato e um tolo.”

Ademais, corroboro a fala do Professor Edgard Santos, segundo ele “a vida do homem é recheada de acontecimentos. Uns bons e outros nem tanto. A forma como encaramos os acontecimentos da vida vai ditar o grau de nossa felicidade. A famosa frase “fazer de um limão uma limonada” refere-se exatamente a isto. Viver a vida lamuriando, achando defeito em tudo, vendo, no outro, mais pontos negativos do que positivos, é o melhor caminho para se levar uma vida infeliz, digna de piedade.”

Enfim, fazemos escolhas a todo momento, desde a roupa do dia-a-dia até com quem vamos dividir a vida, portanto, entre tristeza e alegria, escolha a alegria, a leveza e a felicidade!

"Não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro." Guimarães Rosa

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Inveja!


Assistindo a 10ª temporada de Grey's Anatomy, capítulo 19, para ser bem pontual, de antemão, peço perdão àqueles que ainda não assistiram. Neste a personagem Cristina Yang é indicada ao prêmio Harper Avery Foundation Award. Para quem desconhece a série, este prêmio é aspirado e objeto de desejo de 10 entre 10 médicos, como se fosse um nobel da medicina.

Na série as personagens Meredith Grey e Cristina Yang são melhores amigas há dez anos, como se fossem irmãs, sabem "tudo" uma da outra, conhecem mais delas e sobre elas mesmas que seus próprios familiares, maridos e companheiros.

Quando a Cristina é indicada ao referido prêmio, Meredith fica enciumada, todavia, não demostra. O que ela faz para driblar este sentimento e não deixar transparecê-lo aos demais colegas? Organiza um brinde com todo "staff" do hospital para comemorar a indicação. Quem desconfiaria desta conduta? E se são amigas-irmãs, porque a Meredith não está genuinamente feliz e radiante com a indicação da Cristina? Por que somente sentimos inveja de determinadas pessoas?

Segundo Augusto Branco "poucas coisas despertam tanto o lado negativo das pessoas e atraem tanto a inveja humana quanto o sucesso."

Sêneca, em sua infinita sabedoria, disse certa vez que evitamos a inveja se guardamos as alegrias para nós próprios, entretanto, como sublimarmos a tão almejada felicidade? E em tempos de tecnologia, devemos tomar muito cuidado, pois a inveja tem facebook.

Inveja é uma palavra proveniente do latim invidĭa que significa o desejo de obter algo que outra pessoa possui e que você não tem, representa a tristeza ou o pesar pelo bem alheio.

Consoante o psicoterapeuta e escritor José Luis Cano, a inveja nada mais é do que “um fenômeno psicológico muito comum que causa um grande sofrimento para muitas pessoas, tanto para os invejosos como para suas vítimas. Pode ser explícita e transparente, ou formar parte da psicodinâmica de alguns sintomas neuróticos. Em todos os casos, a inveja é um sentimento de frustração insuportável perante algum bem de outra pessoa, causando o desejo inconsciente de danificá-lo”.

A mesma tem inúmeras formas de expressão, como: críticas, ofensas, dominação, rejeição, difamação, desrespeito, hostilidade e vingança. Conforme Cano "na escala individual, a inveja costuma ser parte de muitos transtornos psicológicos e de personalidade; nas relações profissionais e de casal, ela está envolvida em muitos conflitos e rupturas; já na escala social e política, sua influência é imensa."

Em conformidade com a Bíblia Sagrada quando usamos a palavra inveja, estamos nos referindo a ter inveja de alguém por ter algo que não temos. O livro de Gálatas 5:26 relata: “não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros”.

Geralmente, quando falamos em inveja, o primeiro impulso é desaprovar e pressupor este sentimento como algo errôneo, ínfimo, de menor valia. Normalmente quando invejamos os outros sentimos vergonha e nos reprimimos. Não obstante a inveja faz parte da natureza humana e, assim sendo, faz parte de absolutamente todos nós.

A terapeuta acquântica Ceci Akamatsu preleciona que "nosso grande e nobre objetivo não é deixar de sentir inveja, contudo aprender a direcioná-la de forma positiva. Então, que tal ficar atento e, da próxima vez que tiver que lidar com a inveja dentro ou fora de si, em vez de julgar ou sentir raiva, que tal conceber um gesto de amor por si mesmo? Traga sua atenção para dentro, cuide-se, ofereça algo bonito para si. Perceba a diferença desta atitude consigo. E depois, aprofunde seu trabalho de fortalecimento do amor próprio, transformando a inveja em um motor para sua autoestima!"

Quer dizer, é preciso ter disposição, porque sucesso é o que devemos alcançar na vida, seja em qual âmbito for, visto que é a consequência de nossos objetivos na busca pela felicidade.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Verdade X Segredo


O que dizemos pode mudar nossas relações, nossos caminhos, nos tornar mais ou menos felizes? Quando dizer a verdade e quando calar-se? Aprende-se com o tempo que nem toda verdade deve ser expressada, entrementes, como medir o que deve ou não ser dito?

É notório que há uma diferença entre verdade e opinião, o que as pessoas almejam, habitualmente, é opinião, por isso ao dá-la o que entende-se ser sinceridade, pode ser um julgamento árido, rude e insensível, dado que não existem verdades em opiniões.

Ao dizer a verdade, momentaneamente, a sensação que se tem é de bem-estar, alívio, leveza. O que foi dito, analisado friamente e posteriormente, seria novamente sabido? E o famoso efeito rebordosa? Estamos deveras preparados para os resultados dessa verdade?

A sério, vale a pena dizer a verdade e correr o risco de perder amigos e amores? Digo que, aqueles amigos e amores que se importam realmente conosco e com a nossa opinião não deixarão de ser nossos amigos e amores por causa de palavras ditas inoportuna e inadvertidamente vez ou outra.


E segredo, é salutar tê-los? No filme Pecados Íntimos, as personagens são confrontadas a duas grandes reflexões, a crítica social da vida suburbana norte-americana e a crise das personagens em assumir responsabilidades como se todos sofressem da síndrome de Peter Pan e não quisessem ter crescido nunca, sendo toda a trama, passado e presente, permeadas por segredos íntimos e sórdidos, todavia, é claro, que ninguém pode mudar o passado, mas o futuro pode ser diferente. 

Neste ínterim, não se deve pedir que guardem segredo sobre nada ou ninguém, pois se você, proprietário do mesmo, não conseguiu retê-lo, não guardou sigilo, não tem direito de pedi-lo à nenhuma pessoa. Segundo Benjamin Franklin "três pessoas somente podem guardar segredos, se duas delas estiverem mortas."

Há valor em ter segredos? Sim, há, só não podemos ser prisioneiros dos mesmos. Afinal, não somos nada mais, nada menos, do que escolhemos revelar.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Casar vale a pena?


Será que o mundo atual, as leis e os costumes sociais retiraram do casamento todo o seu sentido e romantismo?

Sou casada há 12 anos e meio e entre namoro e noivado, mais de 04 anos, ou seja, quase duas décadas juntos, o que aprendi durante todo este tempo?

Em primeiro lugar, aquela paixão, aquele fogo dos primeiros anos de namoro, passam, e ainda bem, senão não conseguiríamos seguir com a vida, concentrar em coisa alguma.

Segundo, mudamos, por dentro e por fora. Mudei sobremaneira, assim como meu marido, posto isto necessitamos nos redescobrir diariamente, o que é excelente.

Quando comecei a namorá-lo não enxergava nenhum defeito, somente as inúmeras qualidades, bem da verdade, o que faltava em mim sobrava nele.

Neste ínterim já percorrido meu esposo foi se "humanizando" e eu me redescobrindo com ajuda de terapeutas, amigos, namorado, marido e percebi o quão interessante e virtuosa sou. A partir daí passei a reconhecer os meus próprios méritos, diante disso transformei-me em uma companheira infinitamente melhorEle adaptou-se ao novo estilo e foi mudando também.

De toda maneira, nosso relacionamento tem como pilares a verdade e o amor, falo constantemente que jogamos o jogo da verdade e do amor, tudo pode e deve ser dito, tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém, as palavras e atitudes precisam e devem ser escolhidas com amor, carinho, zelo e atenção, porque depois de serem proferidas não tem como resgatá-las, não há pedido de perdão e desculpas que apaguem-nas e volta e meia elas nos assombram, se não tem nada de salutar para dizerem, não digam. Sejam íntegros, corretos, cumpridores da palavra, respeitadores, pacientes, não cobrem do companheiro aquilo que nem você consegue fazer e cumprir.

Somos bem-humorados, brincalhões, gostamos da nossa companhia, digo que somos três, ele, eu e nós dois. Independente do que esteja acontecendo à nossa volta, brincamos, nos divertimos, somos leves.

É fundamental também que ambos sejam independentes emocionalmente e financeiramente, por exemplo, se nos separarmos, temos condições financeiras para sobrevivermos, não preciso dele e nem ele de mim, e isso meus amigos, não tem preço.

Logo, qual o segredo de permanecemos tanto tempo juntos e como superamos algumas crises que quase nos levaram ao divórcio? Não mentirei, ficar casado não é simples, não obstante estamos casados porque nos dispomos, necessita-se querer e querer muito.

Gostamos do casal que construímos ao longo destes anos, juntos somos melhores, é uma honra tê-lo ao meu lado, o carinho, admiração e respeito que temos é mútuo. Ele é parte integrante da minha história, torcemos e lutamos pela nossa felicidade, realizações e sucesso. Além do mais, professamos a mesma fé, os mesmos valores, etc..

Lembrem-se de um detalhe importantíssimo, a essência da pessoa, o que ela é, não mudará, jamais pensem assim, depois que nos casarmos ele/ela mudarão. Se o companheiro detém algum defeito que você não tolera, isso somente piorará com o tempo, sinto muito, melhor trocar de parceiro.

Segundo o Padre Fábio de Melo "o amor só pode ser eterno à medida que vivermos a conquista do cônjuge todos os dias. A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa aproximar-se da pessoa amada e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante desta sarça."

Sim, casar vale a pena, no entanto, tenham sempre em mente, você se casa para fazer o outro feliz.



Delícia, disto estou certa: "Você é meu parceiro, meu amante, meu melhor amigo. E o meu coração bate por você. E neste dia, no dia do nosso casamento, eu lhe prometo o seguinte: prometo colocar meu coração na palma das suas mãos, eu lhe prometo, eu mesma!"