Assistindo a 10ª
temporada de Grey's Anatomy, capítulo 19, para ser bem pontual, de antemão, peço perdão àqueles que ainda não assistiram. Neste a personagem Cristina Yang é indicada ao
prêmio Harper Avery Foundation Award. Para quem desconhece a série, este
prêmio é aspirado e objeto de desejo de 10 entre 10 médicos, como se fosse um
nobel da medicina.
Na série as personagens
Meredith Grey e Cristina Yang são melhores amigas há dez anos, como se fossem
irmãs, sabem "tudo" uma da outra, conhecem mais delas e sobre elas
mesmas que seus próprios familiares, maridos e companheiros.
Quando a Cristina é
indicada ao referido prêmio, Meredith fica enciumada, todavia, não demostra. O que ela faz para driblar este sentimento e não deixar transparecê-lo aos
demais colegas? Organiza um brinde com todo "staff" do hospital para
comemorar a indicação. Quem desconfiaria desta conduta? E se são amigas-irmãs, porque a Meredith não está
genuinamente feliz e radiante com a indicação da Cristina? Por que somente sentimos inveja de
determinadas pessoas?
Segundo Augusto Branco
"poucas coisas despertam tanto o lado negativo das pessoas e atraem
tanto a inveja humana quanto o sucesso."
Sêneca, em sua infinita
sabedoria, disse certa vez que evitamos a inveja se guardamos as alegrias para
nós próprios, entretanto, como sublimarmos a tão almejada felicidade? E em
tempos de tecnologia, devemos tomar muito cuidado, pois a inveja tem facebook.
Inveja é uma palavra
proveniente do latim invidĭa que significa
o desejo de obter algo que outra pessoa possui e que você não tem, representa a
tristeza ou o pesar pelo bem alheio.
Consoante o
psicoterapeuta e escritor José Luis Cano, a inveja nada mais é do que “um
fenômeno psicológico muito comum que causa um grande sofrimento para muitas
pessoas, tanto para os invejosos como para suas vítimas. Pode ser explícita
e transparente, ou formar parte da psicodinâmica de alguns sintomas neuróticos.
Em todos os casos, a inveja é um sentimento de frustração insuportável
perante algum bem de outra pessoa, causando o desejo inconsciente de danificá-lo”.
A mesma tem
inúmeras formas de expressão, como: críticas, ofensas, dominação, rejeição,
difamação, desrespeito, hostilidade e vingança. Conforme Cano "na escala
individual, a inveja costuma ser parte de muitos transtornos psicológicos e de
personalidade; nas relações profissionais e de casal, ela está envolvida em
muitos conflitos e rupturas; já na escala social e política, sua influência é
imensa."
Em conformidade com a
Bíblia Sagrada quando usamos a palavra inveja, estamos nos referindo a ter
inveja de alguém por ter algo que não temos. O livro de Gálatas 5:26 relata: “não
sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos
uns aos outros”.
Geralmente, quando
falamos em inveja, o primeiro impulso é desaprovar e pressupor este sentimento como
algo errôneo, ínfimo, de menor valia. Normalmente quando invejamos os outros
sentimos vergonha e nos reprimimos. Não obstante a inveja faz parte da natureza
humana e, assim sendo, faz parte de absolutamente todos nós.
A terapeuta acquântica
Ceci Akamatsu preleciona que "nosso grande e nobre objetivo não é
deixar de sentir inveja, contudo aprender a direcioná-la de forma positiva. Então,
que tal ficar atento e, da próxima vez que tiver que lidar com a inveja dentro
ou fora de si, em vez de julgar ou sentir raiva, que tal conceber um gesto de amor por si mesmo? Traga sua atenção para dentro, cuide-se, ofereça algo bonito para si. Perceba a diferença desta atitude consigo. E depois, aprofunde seu
trabalho de fortalecimento do amor próprio, transformando a inveja
em um motor para sua autoestima!"
Quer dizer, é preciso ter disposição, porque sucesso é o que devemos alcançar na vida, seja em qual âmbito for, visto que é a consequência de nossos objetivos na busca pela felicidade.
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