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segunda-feira, 27 de julho de 2015

A gravidez e seus mitos!


Todas as fases da vida do ser humano, principalmente da mulher, são um turbilhão de emoções e hormônios desde o nascimento. E tenho experimentado mais uma fase muito intensa, a primeira gestação, meu primeiro bebê. E com isso, tenho me surpreendido a cada dia com as novas sensações que estou vivenciado e também com o que tenho ouvido, uma das frases que mais ouço é: "você está feliz?" ou "você nem parece tão feliz assim". E, eu, cá com meus botões penso, isso não é gravidez de novela e muito menos filme de romance hollywoodiano. Mas, como já imaginava que isso iria acontecer e para evitar as receitas prontas e enlatados, tenho evitado conversas em torno da minha gravidez e tenho lido. Todavia é preciso selecionar o tipo de leitura, pois tem literatura e blogs na internet para todos os tipos de pessoas e sobre todos os assuntos.

Dia desses, em mais uma solitária investigação pela rede me deparei com um texto sobre "incômodos da gravidez", e o mesmo iniciava-se assim: "a grávida acaricia a barrigona numa casa arejada e clara. Cortinas brancas esvoaçantes revelam um jardim florido onde as crianças brincam. O marido ao lado observa com ares de regozijo aquele momento mágico em que mãe e filhos se conectam afetuosamente, ainda que não tenham se visto. Ah! A gestação: a melhor fase da… - PÓ PARÁ! Glamour de gestação é coisa de propaganda de creme hidratante preventivo de estrias! Quem foi que inventou que a gravidez é linda? Ou era homem ou não era mãe. Ou foi uma premiada da vida que não sofreu com nenhum dos incômodos da gravidez. A maternidade é assim: imperfeita, inacabada. Ainda que bela e divina, exatamente por isso. Não postamos sobre nossas falhas, mas buscamos no Google a fórmula mágica para lidar com cada uma delas." Eureka, é isso que estou sentido.

E, como sou um ser pensante, palavra mais bonita para descrever-me, pois não quero confessar aqui que sou preocupada, para não dizer preocupadíssima, o que mais tenho feito nos últimos quatro meses é refletir e ler sobre o milagre da concepção do ser humano. Vamos e convenhamos, analisando racionalmente, um espermatozoide une-se a um óvulo e este milagrosamente se transformará em 40 semanas em um ser humano, é inacreditável e inexplicável ao mesmo tempo. A isso damos o nome de MILAGRE! Entende-se por milagre a ação, o fato ou acontecimento que é impossível de explicar-se segundo as ciência naturais, atribuindo-se então o acontecido a um mover sobrenatural de ordem Divina, ou seja, a DEUS.

Depois da nidação, termo técnico para explicar que o óvulo foi fecundado no útero, o seu lindo bebê crescerá diariamente e paulatinamente, numa velocidade de foguete sendo lançado ao espaço. Assim também acontecerá com seu amor de mãe, o amor pelo meu filho, sim, é menino, está sendo construído dia após dia, e DEUS em sua infinita sabedoria nos dá nove meses para isso, para irmos nos preparando e nos acostumando com todas as inúmeras emoções e privações deste período. Ou seja, hoje amo muito mais o meu filho do que ontem.

Enquanto escrevo este texto pondero, sei que estou grávida pelas inúmeras transformações do meu corpo, mas ainda não sinto o bebê mexer, apesar de já ter lido que ele dá até cambalhotas dentro da minha barriga, portanto a interação com ele ainda é pequena, acaricio a barriga, de vez em quando converso um pouquinho, mas confesso que é difícil manter um diálogo com uma pessoinha que você nem viu até então. Porém, se tem uma coisa que tenho feito muito é clamar a misericórdia divina, brinco, que se você não crer em DEUS e nem em nada, começará a crer, pois mãe ora 24 horas por dia.

Portanto, não perguntem se a grávida está feliz, sim, ela está, sim estou, o meu bebê foi planejadíssimo, são 13 anos de casamento e 17 de relacionamento, até o dia que o bebê foi concebido eu sei, como diz Chapolin Colorado, tudo nos mínimos detalhes, então, me perdoem se não estou correspondendo às expectativas dos familiares e amigos, já que são inúmeras as novidades e infinitas as emoções, mas garanto, estou feliz, só que não preciso chorar e muito menos soltar uma caixa de foguetes cada vez que contar para alguém que estou grávida. E também não alcancei o pedestal da santidade por causa disso, continuo a mesma Érika de sempre, só que agora em outra etapa, pois que graça a vida teria se fosse uma eterna constante?

Outro dia, ouvi de uma querida, faça o que você quiser, do jeito que desejar, este momento é seu. É isto, apesar de tudo e do meu jeito, estou curtindo cada instante, cada mudança, cada dia, cada transformação.

Sei que a maior loucura que a maternidade vai me proporcionar é que todos os desconfortos deste período serão apagados da minha memória, dizem os mais antigos que mãe tem memória curta, ainda bem, né?

Diante disso, tudo parecerá lindo e mágico, para que um dia eu diga que tive saudades da gestação e possa colocar mais filhos no mundo.


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